Os Adventistas do Sétimo Dia acreditam que Deus é o Criador do nosso mundo. Eles chegam a essa conclusão a partir do primeiro livro da Bíblia – Gênesis. O relato ali nos diz que Deus levou seis dias literais para formar a terra e tudo o que ela contém, incluindo nós humanos.
Aqui estão algumas perguntas que responderemos sobre nossas origens e as do nosso planeta:
- Por que os adventistas acreditam na Criação?
- Se Deus criou tudo, de onde Ele veio?
- Qual a idade do universo?
- Como o mundo foi criado?
- Qual foi a ordem dos eventos na Criação?
- Como a humanidade foi criada?
- Como a Criação se relaciona com a salvação?
Essa crença na Criação é fundamental para o Adventismo, tanto que uma de nossas crenças fundamentais trata desse tema. Ele diz:
“Deus revelou nas Escrituras o relato autêntico e histórico de Sua atividade criadora. Ele criou o universo, e em uma criação recente de seis dias o Senhor fez “os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe” e descansou no sétimo dia.
Assim, Ele estabeleceu o sábado como um memorial perpétuo da obra que realizou e completou durante seis dias literais que, juntamente com o sábado, constituíram a mesma unidade de tempo que hoje chamamos de semana.
O primeiro homem e a primeira mulher foram feitos à imagem de Deus como a obra-prima da Criação, recebendo domínio sobre o mundo e sendo incumbidos da responsabilidade de cuidar dele. Quando o mundo foi concluído, era “muito bom”, declarando a glória de Deus.”
Por que os adventistas acreditam na Criação?

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Adventistas acreditam na Criação porque as primeiras palavras da Bíblia nos dizem que “No princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gênesis 1:1, ACF).
Nós existimos, a terra existe, as estrelas existem e o universo existe. E tudo teve que vir de algum lugar, certo? Mas de onde?
Para os Adventistas, a razão é que Deus criou tudo.
Mas muitas pessoas têm dificuldade em compreender a ideia de Deus e têm explicações alternativas para a origem do universo e de tudo o que nele existe.
Por exemplo, o famoso filósofo grego, Aristóteles (368–348 a.C.), acreditava que o mundo sempre existiu.
Por outro lado, a Teoria do Big Bang afirma que o universo teve um começo. Que houve um ponto em que o universo surgiu.
Um cientista até argumentou que o universo surgiu do absoluto nada. Ele concluiu que “o nada é o fundamento de tudo”.1
Mas, de uma perspectiva bíblica, Deus é o originador de tudo.
Se Deus criou tudo, de onde veio Deus?
A Bíblia não diz de onde Deus veio. Em vez disso, apresenta-O como um Ser eterno.
Isso significa que Ele sempre existiu. Não há um tempo declarado em que Ele tenha surgido.
Ao tentar nos ajudar a compreender esse conceito, o salmista expressa da seguinte maneira:
Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmo 90:2, ACF).
Deus não é apenas uma entidade entre outras no mundo criado.
Ele existe acima, além e fora da criação, uma categoria que é exclusivamente Dele. E uma que seres finitos e criados, como nós, têm dificuldade em compreender.
As pessoas perguntam sobre a origem de Deus porque estão acostumadas com tudo mais tendo uma fonte ou uma origem conhecida. Isso faz sentido porque todos os dias de nossas vidas, encontramos coisas finitas e criadas.
Mas Deus é eterno.
Ele não tem uma fonte. Ele não tem uma origem. Ele sempre existiu e sempre existirá.
É por isso que Jó declarou:
“Quão grande é Deus, para além da nossa compreensão! O número dos seus anos é inescrutável” (Jó 36:26, ACF).
Talvez tudo o mais precise de uma explicação de como chegou aqui, mas não Deus.
Então, vamos falar sobre o universo por um momento.
Quão velho é o universo?

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A Bíblia não nos dá a idade do universo como um todo. O relato da Criação no livro de Gênesis está no contexto da nossa terra e da vida aqui.
Mas outros textos bíblicos falam sobre Deus como o Criador e Sustentador de todo o universo, até mesmo de outros mundos (Hebreus 1:2; Colossenses 1:15-17) v v v
Há evidências na Bíblia de que outras formas de vida inteligente existiam antes da vida na Terra.
Por exemplo, o livro de Jó fala de outros seres louvando a Deus na criação da terra:
“Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?… Quando as estrelas da manhã juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” (Jó 38:4, 7, NVI).
Algum tipo de vida inteligente se regozijou pelo trabalho que Deus havia feito aqui.
Mesmo que não saibamos exatamente a idade do universo, isso não significa que não podemos nos maravilhar com o quão incrível ele é e quão incrível Deus é — especialmente porque Ele dedicou tempo, cuidado e amor para criá-lo.
Vamos explorar a Sua criação do mundo a seguir.
Como foi o mundo criado?

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De acordo com a história da Criação em Gênesis 1 e 2, Deus criou o mundo — e toda a vida nele — em seis dias, falando tudo à existência. Foi um ato deliberado e consciente de Sua parte.
Em outras palavras, Deus teve propósito e previsão ao fazer o nosso mundo e a vida nele.
Essa crença, também conhecida como criacionismo da Terra jovem, contrasta com a ideia de evolução completa, que não tem lugar para propósito, direção ou intenções. Em vez disso, sugere que apenas forças cegas e mutações foram os meios para a criação e existência da vida na Terra. Isso não está de acordo com a visão criacionista adventista do mundo.
A Bíblia é clara ao afirmar que Deus falou o nosso mundo presente à existência.
Vez após vez, lemos que “Deus disse: haja” isso e aquilo, e então isso e aquilo aconteceu.
O salmista expressou esse fato quando escreveu:
“Pela palavra do Senhor foram feitos os céus… Pois ele disse, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir” (Salmo 33:6, 9, ACF).
O livro de Hebreus também explica:
Por meio da fé, entendemos que os mundos foram criados pela Palavra de Deus, de modo que o visível veio a existir do invisível (Hebreus 11:3, ACF).
E João nos diz que esta Palavra, por meio da qual tudo foi criado, era o próprio Jesus:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez….
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (João 1:1–5, 14–17, ACF).
As palavras de Deus são poderosas; elas podem criar mundos inteiros! E essas mesmas palavras criaram o lar que conhecemos – o planeta Terra.
Como? Aqui estão alguns detalhes.
Qual foi a ordem dos eventos na Criação?
Deus criou nosso planeta em seis dias literais. Ele seguiu um padrão lógico de criar um ambiente e então preencher esse ambiente.
Mas mesmo antes desses seis dias, a terra já existia. Ela estava “sem forma e vazia” (Gênesis 1:2, ACF).
A Igreja Adventista do Sétimo Dia não tem uma posição oficial sobre quando a terra pré-criação foi formada, embora alguns pensem que foi criada no início dos seis dias.
De qualquer forma, os Adventistas acreditam que somente Deus o criou.
A sequência de eventos de seis dias na Criação é:
- Dia um – Deus separou a luz das trevas (Gênesis 1:3-5)
- Dia dois – Deus separou a terra do céu (Gênesis 1:6-8)
- Dia três – Deus separou a terra do mar e fez a vegetação (Gênesis 1:9-13)
- Dia quatro – Deus fez o sol, a lua e as estrelas (Gênesis 1:14-19)
- Dia cinco – Deus fez surgir animais aquáticos e aves (Gênesis 1:20-23)
- Dia seis – Deus criou animais terrestres e os primeiros humanos, Adão e Eva (Gênesis 1:24-32; 2:7, 18-23)
Note como não há nada que sugira que o acaso tenha um papel nisso.
Pelo contrário, cada palavra aponta para a Criação como o ato planejado e intencional de um Deus amoroso. Um Deus que criou tudo exatamente como Ele queria.
Ao longo do relato da Criação, Deus olhou para o que Ele havia feito em cada estágio e disse que era “bom” (Gênesis 1:4, 10, 12, 18, 21, 25).
E quando Ele terminou de criar tudo, Ele declarou que era “muito bom” (Gênesis 1:31, ACF).
Isso soa muito diferente dos bilhões de anos de sofrimento, morte, violência e “sobrevivência do mais apto” que a evolução sugere ter levado à vida como a conhecemos hoje. Isso dificilmente soa “bom”, quanto mais “muito bom”.
Podemos nos confortar sabendo que Deus quis que existíssemos — cada um de nós com nossos pensamentos, personalidade e perspectiva únicos.
E Deus também foi intencional no timing da Criação. Ele não deixou passar milhares de anos entre cada ato de criação. Mais sobre isso a seguir.
Os dias da Criação em Gênesis são literais?

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Adventistas acreditam que os dias da Criação são dias literais de 24 horas — assim como medimos um dia hoje.
Três razões apoiam essa conclusão:
- A palavra “dia” no relato do Gênesis é yom, que em todo o Antigo Testamento significa um dia como o entendemos.
Por exemplo, ao lamentar o dia de seu nascimento, Jó clamou:
“Que pereça o dia [yom] em que nasci” (Jó 3:3, ACF).
- Cada dia da conta da Criação incluía a frase “houve tarde e manhã” (Gênesis 1:5, 8, 13, 19, 23, 31, ACF).
Na Bíblia, um dia começa com o pôr do sol. Assim, naturalmente, cada dia mencionava uma tarde e depois uma manhã.
E assim como os dias de hoje têm uma tarde e uma manhã literais, a Bíblia usa essa frase para nos mostrar que cada dia da Criação ocorreu dentro do período de uma tarde e uma manhã literais — um dia.
A frase “e houve tarde e manhã” era a maneira da Bíblia dizer “24 horas”.
O estudioso e teólogo do Antigo Testamento Richard Davidson confirma:
“A frase ‘tarde e manhã’ que aparece na conclusão de cada um dos seis dias da criação é usada pelo autor para definir claramente a natureza dos dias da criação como dias literais de 24 horas.”2
- Os Dez Mandamentos, escritos pelo dedo de Deus, especificam que Ele criou o mundo em seis dias (Deuteronômio 9:10).
O quarto mandamento diz em parte:
“Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e descansou no sétimo dia; por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êxodo 20:11, ACF).
O ensinamento de uma Criação em seis dias é tão importante que Deus nos ordena a reservar todo sétimo dia como memorial disso. Esse mandamento é a razão pela qual os Adventistas guardam o sábado, o sétimo dia.
Mas agora, vamos voltar um dia na semana da Criação, para quando Deus criou os seres humanos.
Como foi a humanidade criada?
Adventistas veem uma relação direta entre a doutrina da Criação e a natureza da humanidade. O relato bíblico é claro de que os seres humanos são a criação direta e intencional de Deus para refleti-Lo.
“O SENHOR Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o homem se tornou um ser vivente” (Gênesis 2:7, ACF).
A criação de Adão foi única em relação à forma como Deus criou o restante da Terra. Enquanto Deus falou tudo o mais à existência, Ele se abaixou e formou Adão do pó.
Mas aqui é onde fica ainda mais especial.
Duas vezes, Gênesis diz que os seres humanos — tanto homens quanto mulheres — foram feitos à imagem de Deus.
Ao decidir criar o homem, a Divindade disse: “Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança” (Gênesis 1:26, ACF).
“E criou Deus o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27, ACF).
Isso é algo que não foi dito para nenhuma outra criatura.
E apresenta um contraste distinto e inconfundível com a teoria evolucionista, que ensina que os seres humanos são meramente animais evoluídos — que somos apenas “macacos avançados”.
Mas o registro bíblico retrata os seres humanos como feitos especialmente por Deus. Compreender esse fato nos ajuda a conhecê-Lo — e a nós mesmos — melhor.
Por que é importante entender como Deus criou a humanidade?
Compreender nossa criação nos dá um senso adequado de nosso valor infinito e identidade única.
Um evolucionista uma vez descreveu a humanidade como “massas de lama organizada”.3
Mas se os seres humanos são meramente produtos do acaso de bilhões de anos de evolução, então nada é particularmente sagrado sobre nós ou sobre a vida em geral.
No final do século XIX e início do século XX, quando a teoria da evolução estava se consolidando, o Darwinismo Social era uma aplicação dessa teoria. Ele ensinava que ao ajudar os mais fracos e menos aptos a sobreviver, a sociedade não apenas ia contra a natureza, mas também se prejudicava no processo.
O Darwinismo Social usava a teoria da evolução para justificar a não prestação de ajuda aos pobres ou necessitados e para não auxiliar aqueles que lutavam contra doenças.
Alguns levaram essa ideia ainda mais longe. Em vez de apenas deixar a Mãe Natureza eliminar os fracos, por que não ajudá-la nisso? A ideia ficou conhecida como eugenia e envolvia esterilização forçada, abortos forçados e, em alguns casos (como o Holocausto), matar todos os “indesejáveis”.
Adventistas rejeitam esse pensamento com base em sua compreensão das origens humanas. Eles veem os seres humanos – todos os seres humanos – como feitos à “imagem de Deus”.
E, o que é ainda mais importante, os Adventistas acreditam que Jesus Cristo morreu por cada ser humano, tornando-os de igual valor aos olhos de Deus (João 3:16; Romanos 5:8).
Embora seja incrível considerar isso, você pode estar se perguntando por que grande parte da ciência contradiz a perspectiva bíblica. Vamos analisar essa preocupação agora.
Por que a ciência atual não concorda com os ensinamentos da Bíblia sobre nossas origens?
A ciência estuda apenas coisas naturais; ela busca explicações naturais para eventos naturais e não pode explicar o sobrenatural.
De fato, a ciência deve descartar qualquer explicação sobrenatural, pois algo deve ser observável, experimentado e repetido para ter uma explicação. Caso contrário, permanecerá uma teoria.
A criação do nosso mundo foi um evento puramente sobrenatural, um evento além do alcance da ciência, pelo menos como é praticada atualmente.
Assim, qualquer conclusão que a ciência chegue sobre nossas origens inevitavelmente entrará em conflito com a explicação sobrenatural dada nas Escrituras, especialmente se considerarmos que a Criação não se trata apenas de como chegamos aqui; também está ligada à nossa redenção.
Como a Criação se relaciona com a salvação?

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A Criação revela o que o nosso mundo deveria ser e quem os seres humanos foram projetados para ser – reflexos da imagem de Deus. Embora o pecado tenha prejudicado esse propósito, a Criação nos lembra que podemos recuperá-lo por meio do dom da salvação que recebemos de Jesus.
Por meio da escolha de Adão e Eva de desobedecer a Deus, nos separamos de Deus, nossos relacionamentos se tornaram tensos e herdamos a tendência de fazer o mal. Nosso mundo também se encheu de sofrimento e morte.
Mas a Criação nos mostra para onde Deus nos restaurará. Com Sua ajuda, podemos refletir Sua imagem e um dia sermos unidos a Ele em uma nova Terra harmoniosa.
E tudo isso começa com reconhecer o incrível amor de Deus por nós.
Ele nos reivindica como Sua criação. Mas quando erramos, Ele também nos reivindicou como Sua posse especial e redimida por meio de Jesus.
Como resultado, podemos chamá-Lo de “Pai” (Mateus 6:9).
Chamar nosso Criador de “Pai” também dá uma nova perspectiva às nossas relações com outros seres humanos. Vemos eles como filhos de Deus também. Irmãos e irmãs. E isso inspira amor e a percepção da dignidade inerente a cada ser humano.
Você consegue imaginar como o mundo seria hoje se todos tivéssemos essa compreensão?
Seria um lugar e uma experiência diferentes para todos nós. Seria como viver no Jardim do Éden antes do pecado entrar no mundo.
Felizmente, temos a promessa de herdar um mundo assim um dia (Apocalipse 21). Nosso Pai Celestial — o Criador de todas as coisas — também é um Recriador. Ele nos dá a esperança da salvação e de um mundo restaurado à beleza semelhante à da Criação.
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