Compreendendo a Parábola da Ovelha Perdida
As parábolas de Jesus ensinam lições objetivas sobre o reino de Deus. E três parábolas em particular, a Parábola da Ovelha Perdida, a Parábola da Moeda Perdida e a Parábola do Filho Pródigo, especificamente ensinam sobre o amor incondicional e redentor de Deus.
Aqui vamos analisar especificamente a parábola da “Ovelha Perdida”. Vamos examinar o propósito e o contexto por trás da história, bem como as lições encorajadoras e profundas que podemos aprender com ela.
Vamos abordar:
Pode parecer ser uma parábola bastante simples, curta e direta. Mas há muito embutido nela.
O que acontece na Parábola da Ovelha Perdida?

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A Parábola da Ovelha Perdida pode ser encontrada no Novo Testamento, em Mateus 18:10-14 e Lucas 15:1-7.
Pode ser útil olhar esses trechos por si mesmo antes de analisarmos aqui.
Vamos começar com um resumo.
A história começa com um pastor que tem exatamente 100 ovelhas. Mas um dia, o pastor percebe que uma de suas ovelhas fugiu.
Em vez de aceitar suas perdas, o pastor decide deixar seu rebanho de 99 ovelhas para sair atrás da que está faltando. Depois de vasculhar as montanhas e a natureza selvagem, o pastor finalmente encontra sua ovelha perdida.
Não sabemos quanto tempo sua ovelha esteve desaparecida. Pode ter se machucado ou estar com fome – certamente assustada. Mas em vez de ficar zangado com a ovelha por fazê-lo sair do caminho para encontrá-la, o pastor está cheio de alívio e alegria.
Ele coloca ternamente a ovelha em seus ombros e a leva para casa.
O pastor fica mais feliz em ver sua ovelha perdida do que as 99 ovelhas que haviam permanecido em seu pasto. Ele está tão feliz que não consegue guardar isso para si mesmo. Ele chama seus amigos, seus vizinhos – todos que conhece – para contar-lhes a boa notícia e celebrar com eles.
Sua ovelha perdida está finalmente em casa.
Na versão de Mateus, Jesus encerra a parábola dizendo aos ouvintes que:
“Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.” (Mateus 18:14, ACF).
Na versão de Lucas, Ele termina dizendo:
“Digo-vos que, assim, haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7, ACF).
Como Jesus passou de falar sobre ovelhas perdidas para falar sobre pecadores e salvação?
Vamos olhar mais de perto o que a história significa e quem esses personagens representam.
Qual é o significado desta parábola?

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Esta pequena história fofa é uma analogia para a compaixão de Deus para com cada ser humano — mesmo aqueles que lutam para segui-Lo e mesmo aqueles que se afastaram d’Ele. Seu desejo ainda é restaurá-los e salvá-los, simplesmente porque são Seus.
Na parábola, Jesus é o pastor. As 99 ovelhas são aqueles que seguem fielmente a Deus. E a ovelha perdida representa qualquer um que se desvie, se confunda, ou decida seguir seu próprio caminho por um tempo.
João 10 nos ajuda a fazer essas conexões.
Nele, Jesus se refere a Si mesmo como “O Bom Pastor.” Ele usa esse título para descrever Sua compreensão íntima, cuidado e devoção às Suas “ovelhas” (João 10:11).
Este é um símbolo apropriado. Assim como as ovelhas, somos fundamentalmente indefesos. Dependemos de Jesus para nos ajudar a navegar em nossas vidas diárias, desafios e crescimento espiritual.
Temos também uma tendência a nos desviar.
Alguns podem se distrair e perder de vista Jesus. Outros podem decidir que conhecem um caminho mais fácil ou mais interessante/divertido/empolgante/luxuoso e tentar seguir o seu próprio caminho. Eles podem acreditar que a grama é mais verde do outro lado do pasto, mas quando se afastam, percebem que não apenas a grama não é melhor do que a que tinham, mas agora estão perdidos — sozinhos e vulneráveis no mundo perigoso ao seu redor.
Todos nós já fomos ovelhas perdidas em algum momento.
Assim como a ovelha perdida na história, quanto mais nos afastamos de Jesus, mais somos levados às influências do pecado, que geralmente se manifestam de forma egoísta. Mas elas nunca nos levam à paz, amor ou alegria que perduram.
Mas não importa se estamos atualmente nos agarrando a Deus ou nos afastando d’Ele, podemos contar com Jesus quando clamamos por Ele, assim como as ovelhas podem contar com seu pastor para proteção, provisão e orientação.
Mesmo que possamos ser rápidos em desistir dos outros (e de nós mesmos) após uma série de erros ou más decisões, Jesus não o fará. Nunca.
Ele faz tudo o que está ao Seu alcance para nos buscar e nos salvar porque nos ama tanto.
Os desfechos desta parábola registrados nos relatos do Evangelho confirmam quase que por completo essa lição do desejo de Deus de salvar pecadores (ou seja, todos). Aprendemos que Deus não quer que nenhuma pessoa se perca, que nada o faria mais feliz do que uma pessoa perdida ser encontrada e restaurada ao seu lugar ao Seu lado (Mateus 18:14; Lucas 15:7).
Esta mensagem é crucial para que todos compreendam, mas tinha uma relevância especial para as questões da época de Jesus.
O contexto por trás desta história bíblica
A Parábola da Ovelha Perdida é encontrada em dois lugares na Bíblia – Mateus 18:10-14 e Lucas 15:1-7.
Os estudiosos da Bíblia acreditam que a parábola em Mateus e a parábola em Lucas foram dadas em duas ocasiões separadas durante o ministério de Jesus.1
A versão de Mateus é acreditada ter sido registrada na Galileia, seja perto de Caná ou Cafarnaum, durante a aposentadoria de Jesus do ministério público (ou seja, do terceiro Páscoa do ano 30 d.C. ao Outono do ano 30 d.C.), possivelmente no mesmo dia em que Jesus aconselhou Pedro a pagar o imposto do templo.2
Enquanto isso, a versão de Lucas é acreditada ter sido registrada na Perea durante o ministério de Jesus na Samaria e Perea (ou seja, do Outono de A.D. 30 até a Páscoa em A.D. 31), possivelmente dois meses antes da crucificação.3 No entanto, não se sabe com certeza o tempo exato ou localização.
Seja como for, vale ressaltar que ambas as versões compartilham uma mensagem semelhante, mas ocorrem em contextos diferentes.
A versão de Mateus é apresentada como parte do conselho de Jesus para trabalhar juntos como um corpo de crentes. Enquanto em Lucas, é apresentada entre uma série de parábolas que apontam para o desejo de Deus de reunir todos os pecadores consigo mesmo.
Vamos analisar o contexto específico por trás de cada versão.
Versão de Mateus
Na versão de Mateus, Jesus está falando com Seus discípulos (Mateus 18:1).

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Os discípulos estavam discutindo sobre quem teria a posição mais elevada no Céu.4 Mas em vez de responder às perguntas deles sobre posição, Jesus direciona a atenção deles para uma criança.
Ele diz para eles adotarem a natureza das crianças (Mateus 18:1-4). Em outras palavras, Ele pede que eles se concentrem em depender e confiar Nele, da mesma forma que as crianças confiam em seus pais ou figuras parentais.5
Enquanto Ele está no assunto da fé infantil, Ele adverte os discípulos a não fazerem com que “pequeninos”, ou novos ou cristãos em dificuldades, tropecem no pecado ou se afastem da verdade como resultado de como eles os consideram ou interagem com eles (Mateus 18:5-6, 10-11).6
Então, Jesus dá a Parábola da Ovelha Perdida. As linhas finais da parábola (Mateus 18:14) explicam por que esses crentes não devem ser levados a tropeçar – porque Deus valoriza a salvação de cada ser humano, assim como o pastor valoriza cada ovelha.
Esta foi uma lição importante para os discípulos, mas também para toda a nação judaica.
Por tanto tempo, por serem o povo escolhido de Deus, encarregados de representar Deus ao resto do mundo, os judeus frequentemente se viam como superiores aos gentios (ou seja, qualquer outro grupo de pessoas).
Judeus de alto escalão, como os fariseus, até se consideravam superiores a outros judeus – especialmente àqueles que lutavam com coisas mais óbvias e publicamente rejeitadas, como cobradores de impostos e prostitutas (Lucas 18:10).
Essas atitudes eram problemáticas por uma série de motivos. Primariamente, qualquer pessoa ou grupo de pessoas que se veem como superiores aos outros naturalmente causa divisão, ao mesmo tempo em que alimenta o orgulho.
Isso causou uma divisão significativa naquilo que poderia ter sido uma comunidade de crentes que trabalhavam juntos para representar a Deus.
Assim, como os discípulos estavam começando a mostrar sinais desse pensamento, havia uma preocupação séria de que eles poderiam desencorajar novos crentes de seguir a Jesus.
O fato de Mateus ter escrito seu relato do Evangelho para ensinar o Evangelho aos judeus7 fornece uma visão sobre por que seu livro se concentra em como os novos crentes devem ser tratados. Isso havia sido um problema de longa data entre o seu povo.
Versão de Lucas
Na versão de Lucas, Jesus dirige-se a um grupo de fariseus e excluídos da sociedade com esta história.
Vamos ambientar a cena.
Jesus estava comendo com um grupo de cobradores de impostos quando líderes religiosos judeus, ou “fariseus e escribas”, começaram a “murmurar” entre si. Eles ficaram chocados e ofendidos que Jesus estivesse mostrando bondade e passando tempo com pessoas que eles consideravam “pecadores” (Lucas 15:1-2).
Parece que eles tinham esquecido o fato de que todos são pecadores.8
Jesus estava plenamente ciente da atitude deles em relação a essas pessoas consideradas excluídas. Ele sabia que eles pensavam ser moral e espiritualmente superiores. E Ele tinha visto a maneira como eles procuravam oportunidades para condenar, punir ou julgar os outros em vez de oferecer perdão ou graça.
Esse tipo de atitude e comportamento era baseado no orgulho, que frequentemente entra em conflito com o amor incondicional.
E assim, em resposta aos seus comentários, Jesus conta a Parábola da Ovelha Perdida. Em contraste com o desprezo dos fariseus, esta parábola retrata o amor de Deus por cada ser humano, não importando que rótulo carreguem ou o que tenham feito (João 3:16-17). Jesus enfatiza esse ponto ao seguir esta parábola com mais duas parábolas sobre o mesmo assunto.
A primeira é a Parábola da Moeda Perdida – uma breve história de uma mulher com 10 moedas de prata que perde uma, busca-a com todo o seu esforço e se alegra ao encontrar aquela única moeda de prata perdida (Lucas 15:8-10).
Depois disso, Ele conta a Parábola do Filho Pródigo – uma história de um pai que celebra o retorno de seu filho perdido, que inicialmente deixou a casa de seu pai por motivos claramente egoístas (Lucas 15:11-31).
Ambas as histórias enfatizam ainda mais a alegria que Deus sente quando alguém que se desviou, por qualquer motivo, volta para Ele.
Voltando à Parábola da Ovelha Perdida, podemos ver que a linha final de Jesus (Lucas 15:7) faz duas coisas.
Ela destaca a alegria que Deus sente quando qualquer um de Seus filhos deseja retornar a Ele.
Ela afirma que Deus se alegra com uma pessoa arrependida mais do que com aqueles que “não precisam de arrependimento” (ACF).
O que Jesus poderia querer dizer com isso? Será que soa quase como se Ele estivesse dizendo que Ele ama alguns mais do que outros? Ou que aqueles que nunca O deixam não são tão apreciados ou celebrados?
Bem, vamos analisar as coisas um pouco mais a fundo. A Bíblia diz em muitos lugares que nenhum ser humano é justo por seus próprios esforços (Marcos 10:18; Romanos 3:10-12). Mas os fariseus com certeza pensavam que eram.9
Jesus fala de “pessoas justas” de forma irônica, usando isso para descrever a maneira como os fariseus pensavam de si mesmos para enfatizar que Deus se alegra mais com pecadores arrependidos do que com “pessoas justas” que acham que não precisam se arrepender.10
Enquanto essa parábola funciona para corrigir a perspectiva errônea e prejudicial dos fariseus, não nos esqueçamos—os “pecadores” com quem Jesus estava comendo também estavam ouvindo a parábola.
Eles teriam ouvido Jesus descrever o amor do pastor pela ovelha perdida—como ele a procurou, a colocou em seus ombros e a levou para casa para celebrar. Dado que Peraea era uma terra de campos de ovelhas, muitos deles poderiam ser pastores eles mesmos e podem ter sido especialmente tocados pela história de Jesus ao pensarem em seu cuidado por seus próprios rebanhos.11
Mesmo que muitos dos fariseus tenham acabado por ignorar a parábola, Jesus também quis dar esperança aos outros ao seu redor. Mesmo que parecesse que todos os outros na sociedade deles os tivessem abandonado, Ele queria que soubessem que Deus não os abandonara e estaria sempre lá para guiá-los.12
O fato de esta versão aparecer no relato do Evangelho de Lucas, que foi escrito mais para uma audiência gentia,13 sugere que esta parábola foi dada para encorajar aqueles que se sentiam perdidos, ou como se não fossem bons o suficiente.
No total, ambas as versões da parábola fornecem muitas lições surpreendentemente profundas e atemporais. Esta história é tão relevante hoje quanto era naquela época.
3 Principais conclusões – O que isso significa para nós hoje?
Além de transmitir a mensagem geral do amor inigualável e incondicional de Deus, a Parábola da Ovelha Perdida nos ensina sobre o valor humano e a redenção. Ela nos ajuda a compreender melhor como devemos considerar e tratar uns aos outros.
1) Jesus não desistirá de você
Jesus não desistirá de nenhum de nós, assim como o pastor não desistiu da ovelha perdida.
O pastor não ficou satisfeito em ter 99% de suas ovelhas no pasto. Ele queria ter certeza de que cada uma delas estivesse segura e salva.
Ele viajou pela selva sozinho, sem garantia de que encontraria sua ovelha. Outros até poderiam tê-lo desencorajado, perguntando se valia mesmo a pena todo o trabalho para encontrar uma ovelha perdida.
Mas sim, valia a pena para o pastor. Cada uma de suas ovelhas era valiosa para ele. Ele as conhecia pessoalmente.
Pense nos pais amorosos de uma grande família que saem de casa para procurar um filho perdido. O tamanho de sua família, ou o número de filhos que têm, é irrelevante para o fato de que um dos seus está desaparecido.
E quando a criança perdida é trazida de volta para casa, os irmãos certamente se juntarão aos pais para celebrar o retorno. E pareceria bastante mesquinho para as crianças que ficaram em casa exigir o mesmo nível de alegria só porque não fugiram.
(Sim, existem lares desfeitos e famílias problemáticas em todo o mundo que nem sempre demonstram esse tipo de amor perfeito. Mas esse tipo de amor incondicional e familiar é amplamente reconhecido e valorizado.)
Tudo isso é apropriado porque somos filhos de Deus, e todos nós perdemos o caminho, desde “a queda” no Jardim do Éden (Gênesis 3).
E Jesus veio viver entre a humanidade com grande risco pessoal. Ele estava disposto a morrer para nos salvar sem a garantia de que cada um de nós aceitaria Sua salvação (João 3:16). Os comprimentos aos quais Ele estava disposto a ir para nos salvar eram tão grandes que para alguém com valores e expectativas terrenas, poderia até parecer tolo (Romanos 5:8).
Mas cada um de nós vale a pena para Ele (Isaías 43:4; Lucas 12:24).
Ele nos conhece a todos pelo nome (Isaías 43:1). Ele nos ama tanto que estaria disposto a morrer por nós, mesmo que houvesse apenas um pecador no mundo que se voltasse para Ele.14
Outros podem tentar nos desencorajar, dizendo que não somos dignos do amor de Jesus ou que nos desviamos muito longe ou muitas vezes para que Jesus venha nos salvar novamente.
Mas a verdade é que Jesus nunca desistirá de você. Não importa como os outros tenham te tratado. Não importa o que os outros tenham dito a você. Não importa o que você fez ou com que frequência você luta ou comete erros (2 Coríntios 1:10).
As pessoas perdidas são apenas pessoas que Jesus está procurando (Marcos 2:17).
Seu maior desejo é restaurar nosso relacionamento com Ele e, eventualmente, nos fazer experimentar o reino dos céus com Ele.15
Jesus te ama, e nada poderia mudar isso.
Ele sempre continuará nos perseguindo (Jeremias 31:3).
2) Jesus é quem salva

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Jesus não espera que encontremos o caminho de volta para Ele por conta própria, assim como o pastor não esperava que a ovelha perdida encontrasse o caminho de casa.16
Afinal, o cordeiro é quem se perdeu em primeiro lugar. Como ele iria encontrar o caminho de volta sem a ajuda do pastor?
Assim como o bom pastor, Jesus é quem nos persegue (1 João 4:14; Atos 4:12).
Como o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia aponta:
“Deus tomou a iniciativa na efetivação da salvação dos homens. A salvação consiste, não na busca do homem por Deus, mas na busca de Deus pelo homem. …o homem por si só nunca pode encontrar a Deus. A glória da religião cristã está em conhecer um Deus que se importa tanto com o homem que Ele deixou tudo o mais para ‘buscar e salvar o que se havia perdido’ (Lucas 19:10).”17
Embora sejamos impotentes para nos salvar, temos a escolha de permitir que Jesus nos ajude. Podemos fugir ou recusar os esforços de Cristo para nos salvar.
Ou nós, como a ovelha perdida, podemos confiar em Jesus e permitir que Ele nos carregue (Provérbios 3:5-6).
O que significa permitir que Jesus nos carregue?
Não significa que esperamos seguir sem esforço. É mais que estamos deixando Jesus fazer todo o trabalho pesado quando se trata de salvação e santificação. Não estamos tentando ganhar perdão ou nos tornar santos pelas coisas que fazemos ou dizemos.
Em vez disso, Jesus é o responsável por nos levar do ponto A ao ponto B. Aceitamos a salvação que Ele oferece, mas a ajuda de Jesus não para por aí.
Ao longo da nossa jornada cristã, somos chamados a continuar confiando Nele. Submetemos nossas vidas a Ele e pedimos que Ele nos guie, permitindo que Ele transforme nossos corações para que possamos produzir o fruto de um caráter cristão — tornando-nos mais amáveis, pacientes, amorosos, pacíficos, gentis, fiéis e autocontrolados.
Confiamos Nele para não desistir de nós, e confiamos Nele para nos conduzir a um melhor modo de vida, mesmo quando Ele age de maneiras que não compreendemos.
E esse nível de confiança, bem, nem sempre é fácil para nós depositarmos tanta fé em outra pessoa. Geralmente estamos mais confortáveis confiando em nós mesmos, especialmente se as pessoas já quebraram nossa confiança antes.
Mas mesmo que outras pessoas possam nos falhar, Jesus nunca o fará (Isaías 42:16). Ele é mais do que digno da nossa confiança — Ele provou exatamente o quão dedicado e leal Ele é a nós quando morreu por toda a humanidade na Cruz.
Não precisamos nos preocupar em ser “suficientemente bons” para ir a Jesus. Ele já está lá
3) Nada além de regozijo
Assim como o pastor, quando Jesus nos salva, Ele só consegue pensar em quão feliz está por nos ter de volta.
Ele não nos repreende, julga ou nos castiga. Uma vez que Ele nos salva, todos os nossos pecados são perdoados e esquecidos (Ezequiel 18:22; Isaías 43:25).
Isso não quer dizer que Jesus seja incapaz de lembrar do que fizemos antes. É apenas que tudo o que fizemos empalidece em comparação com a alegria que Ele sente com nosso retorno.
Pense na ideia de ter um filho ou filha fugir.
Angustiado, você procura por eles em todos os lugares, desesperado para tê-los de volta e mantê-los longe do perigo. Então, talvez dias depois, eles estão de pé na porta.
Quais seriam seus primeiros pensamentos?
Sua mente automaticamente iria para todas as vezes que discutiram com você ou desobedeceram?
Ou você seria dominado pelo alívio, envolvê-los em seus braços e dizer que está feliz que eles estão bem?
Às vezes lutamos para deixar o passado para trás. E quando as pessoas em nossa família ou em nossa comunidade se tornam hostis ou distantes, faz sentido sentir os efeitos disso. E se eles voltarem, podemos ser tentados a focar nas coisas que disseram ou fizeram antes que causaram confusão, frustração ou dor.
(Pode acontecer de sentirmos da mesma forma em relação a nós mesmos.)
Mas, enquanto pode ser difícil para nós deixar o passado para trás, Jesus já o fez. Apenas o presente importa, porque é quando as escolhas podem ser feitas. É quando os caminhos podem ser corrigidos. É quando a conexão pode acontecer.
Se alguém tivesse motivo para lembrar dos nossos pecados, seria Jesus, que morreu por causa deles. Mas porque Jesus nos perdoou, somos capacitados (e encorajados!) a nos perdoar a nós mesmos e aos outros (Romanos 8:1).
Podemos seguir em frente para abraçar a nova vida que Jesus tem a nos oferecer com alegria e celebração.
E se você deseja aprender mais sobre o incrível amor de Jesus, aprenda mais sobre as outras duas parábolas que foram contadas juntamente com esta.
A Parábola da Ovelha Perdida
Mateus 18:10-14, ACF:
“Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus.
Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido. Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou?
E, se porventura achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.”
Lucas 15:1-7, NVI:
“E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: ‘Este recebe pecadores, e come com eles’. E ele lhes propôs esta parábola, dizendo: ‘Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la?
E achando-a, a põe sobre os seus ombros, rejubilando; E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.”
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- Nichol, F.D., Seventh-day Adventist Bible Commentary And Bible Students’ Source Book, vol. 5, Seventh-day Adventist Church (1956), p. 815. [↵]
- Ibid., p. 198, 221, 445. [↵]
- Ibid., p. 198-199, 223, 814. [↵]
- Ibid., p. 445-446. [↵]
- Ibid., p. 446. [↵]
- Ibid., [↵]
- “Study Resources—Intros to the Bible—The Gospel of Matthew,” Blue Letter Bible. [↵]
- Psalm 14:2-3; 51:5; 53:2-3; Ecclesiastes 7:20; Isaiah 53:6; Isaiah 64:6 [↵]
- Nichol, p. 814. [↵]
- Ibid., pp. 814, 816. [↵]
- Ibid., pp. 814-815. [↵]
- Ibid., p. 815. [↵]
- The Remnant Study Bible, Remnant Publications, 2009. p. 1205. [↵]
- Nichol, p. 815. [↵]
- 1 Timothy 2:3-4; John 14:2-3; 2 Peter 3:9. [↵]
- Nichol, p. 816. [↵]
- Ibid., p. 447. [↵]
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